segunda-feira, 27 de setembro de 2010

No vai e vem das ondas

É pequena...
Dizem por aí que você anda feliz. Vivendo cada instante como nunca vivera ou viverá; sorrindo por tudo, sorrindo por nada. Brincando sozinha, falando com as flores, jogando com o vento.
Dizem por ai que andas pensando em mim. Tentando esquecer para fazer-te o melhor, tentando lembrar para sentir-se melhor. Perdida num mar de dúvidas, o qual a leva à uma terra distante, envelhecida e de uma beleza estonteante chamada Lembranças. Este mesmo mar, te arrasta para uma terra tão perto quanto as dúvidas, uma terra noviça, a qual ausenta beleza e a companhia e, em contra partida, apresenta incerteza e solidão.
Mas eu lhe digo que esse é um mar traiçoeiro. As mesmas ondas que lhe trazem as boas lembranças te arrastam para a dor.
Não o entregue seu confiar. Busque em o que se apoiar, concretize uma verdade, encontre um consolo, mas não se afunde com o vai e vem das ondas.
É pequena...
dizem por ai que você vai voltar,
dizem por ai que eu sou seu refúgio,
dizem por aí, que sou o único a quem você possa se apoiar.
Mas nós dois sabemos bem que você nunca foi de confiar no óbvio.
E ingênuo como sou, vou acreditando no que dizem por aí, esperando sua (re)-volta.
Assim, talvez, alguma onda resolva te trazer de volta pro meu abraço.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Adeus Você

É, lá vai você sem exitar. Sem olhar para traz, nem mesmo para constar seu Adeus. Deixando para traz todas as recordações de um amor construído e não acabado – ao menos não para mim -. Deixando de lado todo o tempo gasto, todas as promessas vãs, todos os beijos, todos os amassos, todo nosso afago e o carinho trocado.

É, lá vai você... cortando a raiz de uma paixão efêmera, não concluída. Visando cuidadosamente cada detalhe do rompimento. Buscando - por consideração - , em cada palavra dura, ser o menos rude ou devassadora. Procurando o jeito mais sincero e menos direto para dizer-me o quanto você lamenta, o quanto você tentou, e o quão grande é a dor que lhe basta.

Mas você sabe que a dor que lhe cabe me pesa em dobro. E lamenta por meu pesar, afastando teu ego. Se faz altruísta para comigo dizendo: “Seja forte”. Me avisando das dores e do sofrer dos tempos difíceis sem teu amor e me animando dizendo: é passageiro.

Mas sabes, não quero tua compaixão, não quero teu lamento, não quero teus avisos, muito menos teu ânimo. Só quero teus braços saciando minha sede, teu amor alimentando tua ausência, teu calor ausentando meu frio e teu carinho pra enxugar minhas lágrimas.