quinta-feira, 17 de maio de 2012

Poema para quando não me amares.

Um retrato pra guardar nossos momentos,
Uma musica que toca uma lembrança,
Um poema que carrega um sentimento
E um outro verso que uma memória alcança.

Um diálogo hoje é mais do que parece,

Um abraço é delicado e sem vigor.
O calendário mostra o tempo em que me esquece,
Tempo longo pra matar meu beija-flor.

Os dias que apertam meu coração desfibrilam minha mente.

O passado que golpeia minha alma eleva minhas dúvidas:
Se o que era ainda é, ou se tudo faz parte do "seguir em frente".
Se o que insiste são sentimentos reais ou malditas feridas luditas.

Liberdade! : Meu coração reivindica e espasma.

Minha mente não entende.
Será que ser livre é libertar-me do seu fantasma
Ou tê-lo me assombrando novamente ?

terça-feira, 22 de março de 2011

Querelas e re-voltas

Eu estive lá quando nada acontecia; Eu estive lá quando não disse que estaria.

Aquele vento soprou forte e você hesitou pedir um abraço; aquele orgulho foi sem sorte se esvaindo em nossos laços dados.
Um após um outro, nossos conflitos foram quebrados pelo brio de um dos corações.

Eu estive lá quando não tentava consertar; Eu estive lá quando não precisava estar.

A alvorada nos esperava com o canto das aves ao pré-nascer do dia. Sua voz e bom humor chegaram como o cheiro animador de um café pela manha.
O que seu tom agora insinuava, era um dia doce e carregado das melhores lembranças. Mas nós nunca mudamos.
A casualidade nos deu momentos tristes, de palavras duras trocadas e tons de cinza no céu.
A casualidade retribuiu com embaraços a favor de risadas e desculpas desejadas;  "Meu coração é seu. Não vou deixar você se machucar" - Eu disse.

Eu estive lá quando você não buscava companhia; Eu estive lá quando querias gritar seus sentimentos mais altos, e você...

...sempre esteve lá quando eu queria não te encontrar; Você sempre esteve lá quando eu precisava te contar...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Beatriz


Eu olhei os meus dias, percebi que és, do que tenho, o melhor.
Toda canção que escrevo, toda nota que toco, toda poesia que faço. És melhor do que tudo.
Todo sorriso que mostro, e carinho que recebo, todo amor de que gosto, só são possíveis a mim, pois a tenho.
É por isso que, quando elevo a fronte aos céus, agradeço. Quando fecho os olhos e penso, é tua imagem que levo comigo á planos tão altos que nem sei dizer se poderiam se completar; mas a amo.
Eu orei pelos dias do porvir e pedi que pudessem nos esperar ainda juntos. Expliquei meu amor, falei do seu sorriso, contei algo sobre seu jeito de me fazer rir e amar; disse o quão difícil seria me acostumar a viver ao lado de outra, praguejei essa hipótese. Relutei meus pensamentos em vão pois, no fim pedi apenas por sua felicidade almejando que a encontre em mim.
É por isso que se peco é na tentativa de amar. É por isso que faço de ti o bem maior que preciso, e se a tomo do mundo é por querer seqüestrar seus melhores segundos. Dividi-los comigo.
Eu olhei os meus dias, percebi que és, do que tenho, tudo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

No vai e vem das ondas

É pequena...
Dizem por aí que você anda feliz. Vivendo cada instante como nunca vivera ou viverá; sorrindo por tudo, sorrindo por nada. Brincando sozinha, falando com as flores, jogando com o vento.
Dizem por ai que andas pensando em mim. Tentando esquecer para fazer-te o melhor, tentando lembrar para sentir-se melhor. Perdida num mar de dúvidas, o qual a leva à uma terra distante, envelhecida e de uma beleza estonteante chamada Lembranças. Este mesmo mar, te arrasta para uma terra tão perto quanto as dúvidas, uma terra noviça, a qual ausenta beleza e a companhia e, em contra partida, apresenta incerteza e solidão.
Mas eu lhe digo que esse é um mar traiçoeiro. As mesmas ondas que lhe trazem as boas lembranças te arrastam para a dor.
Não o entregue seu confiar. Busque em o que se apoiar, concretize uma verdade, encontre um consolo, mas não se afunde com o vai e vem das ondas.
É pequena...
dizem por ai que você vai voltar,
dizem por ai que eu sou seu refúgio,
dizem por aí, que sou o único a quem você possa se apoiar.
Mas nós dois sabemos bem que você nunca foi de confiar no óbvio.
E ingênuo como sou, vou acreditando no que dizem por aí, esperando sua (re)-volta.
Assim, talvez, alguma onda resolva te trazer de volta pro meu abraço.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Adeus Você

É, lá vai você sem exitar. Sem olhar para traz, nem mesmo para constar seu Adeus. Deixando para traz todas as recordações de um amor construído e não acabado – ao menos não para mim -. Deixando de lado todo o tempo gasto, todas as promessas vãs, todos os beijos, todos os amassos, todo nosso afago e o carinho trocado.

É, lá vai você... cortando a raiz de uma paixão efêmera, não concluída. Visando cuidadosamente cada detalhe do rompimento. Buscando - por consideração - , em cada palavra dura, ser o menos rude ou devassadora. Procurando o jeito mais sincero e menos direto para dizer-me o quanto você lamenta, o quanto você tentou, e o quão grande é a dor que lhe basta.

Mas você sabe que a dor que lhe cabe me pesa em dobro. E lamenta por meu pesar, afastando teu ego. Se faz altruísta para comigo dizendo: “Seja forte”. Me avisando das dores e do sofrer dos tempos difíceis sem teu amor e me animando dizendo: é passageiro.

Mas sabes, não quero tua compaixão, não quero teu lamento, não quero teus avisos, muito menos teu ânimo. Só quero teus braços saciando minha sede, teu amor alimentando tua ausência, teu calor ausentando meu frio e teu carinho pra enxugar minhas lágrimas.